ConCentrAção...17/07

Enfim, depois de dois dias em casa com uma desordem no estomago, hoje retornei aos encontros. Como definido por Martin nosso primeiro momento é a concentração, é nesta hora que nossa mente filtra as intervenções externas à sala de encontro, e se expande para o inicio dos trabalhos do dia, sem amarras, com entrega. O uso do mantra é significativo e muito contribui neste momento, porque são muitas vozes que ecoam e respiram ao mesmo tempo, criando assim, uma energia singular para os momentos seguintes.

Instaurada a concentração, passamos para o alongamento individual e para o aquecimento com os elementos, desta vez acompanhados por um grupo que improvisava na voz e na percussão ajudando na construção dos “corpos elementos”.  É sempre provocador este exercício porque o objetivo dele é tornar o teu corpo o elemento e não usá-lo como uma mera representação, e isso obriga o participante a uma não racionalização no fazer.

Janela, sombra, buraco, reflexo, foram as figuras usadas para as improvisações, e é lindo perceber o amadurecimento acerca do entendimento destas figuras para a cena, fazendo um paralelo com o contato com elas lá no início do processo. Construímos um texto e compartilhamos com os colegas, eram as nossas “ausências” agora devidamente apresentadas. Finalizamos o dia com uma roda de ritmo e sons, auxiliada por Ridson, que depois ganhou a sala e virou uma grande festa, de ritmos, olhares e ausência preenchidas.