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Fazendo caso dos causos

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Fazendo caso dos causos

Encontrei um artigo bem interessante para inspirar-nos em como aproveitar essas entrevistas que estamos fazendo. Foi escrito por um estudioso do cinema refletindo sobre como o uso da tecnologia é construído numa história muito diferente das idealizadas pelos seus criadores. 

Ao invés das pessoas serem simplesmente apertadores de boões passivos, elas estão o tempo todo dando significado ao mundo através de histórias, histórias que elas contam para elas mesmas, que explicam porque o mundo é desse jeito. 

Lá pelas tantas, o texto conta a história de um senhor interagindo com um caixa automático de banco. 

... uma vez um sujeito me contou (e eu publiquei) que seu sogro “era
uma pessoa muito ‘atrasada’ e não sabia nem fazer a letra ‘O’ com um copo. Estava
Um dia, o tal rapaz foi ao banco e levou o sogro. Chegaram lá e foram direto
para o caixa eletrônico e o rapaz, talvez por maldade e para ver como o velho se
comportaria, disse ao sogro: “Olha, aí dentro tem uma pessoa que fica esperando a
gente enfiar o cartão, escrever aqui (falava e mostrava) o que precisa, dinheiro e
outras coisas e ele lá dentro vai fazendo o que a gente vai pedindo... Vou pedir uma
‘grana’... Fez a operação. Colocou o cartão numa fenda do caixa eletrônico e depois
‘danou’ a bater numas teclas, sob o olhar” boquiaberto “do ancião”.
De repente, como vindo de uma cena de ficção científica, da parte de trás do
caixa eletrônico sai um homem, que tranqüilamente passando uma estopa nas mãos,
diz que a máquina estava em manutenção e que é para eles se dirigirem a outra.
O velho, àquela altura “familiarizado” com a tecnologia, já se encaminhava
para outra caixa, quando percebeu que seu genro estava como que congelado,
pregado no chão, sem poder dar um passo. Voltou, sacudiu o genro e, num tom de
repreensão, disparou: “Cê besta! Que cê tá pensando, o homem num tem nem direito
de sair pra mijar não é?”.

Além de ser uma anedota divertida, o que pode ser feito com esse tipo de história? Como o design pode aproveitar esse tipo de saber?

Essa é uma questão que teremos que responder com o desenrolar do projeto, mas acredito que aqui já percebemos uma coisa importante: os objetos ganham vida quando fazem partes de histórias. Será que essas tecnologias que temos hoje são projetadas pensando nisso? Pensando em fazer parte de uma história de vida, tal como são itencionalmente projetados carros e casas?

Ligação com a Árvore do Conhecimento: 
História Oral
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