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Moeda social

A ferramenta de moeda social permite criar uma economia solidária entre os participantes de um projeto.

  • Cada moeda tem um valor máximo e um valor mínimo para cada usuário. O objetivo desse limite é evitar a acumulação da moeda e o endividamento.
  • Cada transação envia uma quantidade de uma pessoa a outra. Quem envia diminui o saldo, quem recebe aumenta, até o limite.
  • Cada projeto tem um registro de transações feitas dentro do projeto. Os membros só podem enviar entre si, já os administradores podem escolher de quem para quem enviar.

O que é economia solidária

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Como criar uma moeda social

Ao criar um projeto nesta plataforma é possível selecionar um tipo determinado Banco Comunitário que traz habilitada a funcionalidade de moeda social e permite a associação de uma conta de usuário a um fundo comunitário. Caso queira habilitar a ferramenta para um projeto existente, entre em Configurações > Ferramentas Colaborativas > Moeda Social > Habilitar
 
Na funcionalidade de moeda social é possível definir um símbolo e um ícone a moeda bem como descrever sua origem e relação comunitária. Ao selecionar a sigla existem algumas configurações importantes, elas aparecem no box auxiliar, quando o cursor fica em cima do campo. Exemplos é a opção @minus para exibir valores negativos e @icon para exibir o ícone da moeda.
 
Existe um campo sobre regras de funcionamento da moeda social que permite descrever como a moeda opera.
 
Outra configuração importante é a definição de valores máximos e mínimos de acúmulo e dívida por indivíduo nesta economia o que permite evitar acúmulo e concentração de capital e também o endividamento demasiado por parte de algum integrante do sistema financeiro. Ao configurar uma moeda social é possível também definir se a mesma aceita números fracionados e como é o formato de exibição desta fração. 
 
É possível também definir os tipos de transações aceitas como doação, débito automático e pagamento com confirmação. A doação é quando um@ usuári@ repassa créditos diretamente para outr@ sem a necessidade deste pagamento estar relacionado a execução de uma tarefa (como uma prestação de serviço).
 
 
A opção de débito automático permite a cobrança de mensalidades e cobranças coletivas diretamente da conta d@s usuári@s. Esta ação é limitada aos administradores do sistema e a operações com a conta-banco.
 
A opção de pagamento com confirmação possibilita o crédito associado a uma tarefa executada no projeto. Através deste tipo de operação que a maioria das transações financeiras são operadas.
 
Configurando uma conta banco
Uma conta-banco possui uma diferença principal para uma conta de usuári@ regular que são seus limites de endividamento e acúmulo de créditos. Enquanto os valores para @ usuári@ comum são definidos pel@ administrador@ do projeto na parte de configurações da moeda social, o limite da conta banco equivale ao lastro da moeda social em circulação. 
 

 
Uma vez configurada a moeda é preciso então publicizar as atividades que podem ser remuneradas neste tipo de crédito solidário local.
Neste sentido a plataforma CORAIS disponibiliza a ferramenta de planilha que possibilita @ usuári@ montar uma tabela contendo o código da atividade (que identifica unicamente aquele determinado tipo de tarefa) seu nome, breve descrição, periodicidade de execução e valor em créditos sociais.
 
A mesma lógica se aplica a publicação das ofertas em moeda social, ou seja o que a pessoa com este crédito pode usufruir dentro desta economia local. Semelhante a tabela de demandas locais, a ferramenta adotada é a planilha eletrônica que possibilita cadastrar o código da oferta, titulo, breve descrição, valor unitário em moeda social e disponibilidade mensal do produto, serviço ou saber.
 
O cruzamento de ofertas e demandas em cada território pode gerar a oportunidade de identificarmos circuitos econômicos onde a demanda de um produtor local se encontra com a oferta do outro produtor. Quando existe uma moeda em circulação, é preciso estabelecer algum tipo de valor correspondente a este crédito que garanta sua credibilidade, seja o formato do mesmo digital ou real. No modelo de banco comunitário trabalhado na tecnologia das Produtoras Culturais Colaborativas, este valor representativo é denominado de lastro que equivale ao total de créditos possíveis em circulação. O lastro individual é calculado na capacidade de oferta mensal de um@ produtor@ em produtos, serviços e saberes. 
 
Desta forma se o coletivo tem capacidade de oferecer com qualidade um conjunto de serviços, produtos e saberes então o mesmo pode gerenciar este lastro para circular seu próprio crédito solidário. 
 
Um ponto importante ao se definir um crédito solidário é a sua relação com outras moedas existentes. Como os modelos trabalhados não permitem conversibilidade com a moeda corrente apenas entram nestes circuitos econômicos locais os produtores interessados nas ofertas existentes nesta restrita cadeia produtiva local. A soma de nov@s produtor@s e a diversificação do que é aceito neste tipo de crédito permite a ampliação do lastro financeiro deste crédito possibilitando então a gestão colaborativa da moeda social por um conjunto de produtor@s que garantam com suas ofertas públicas a credibilidade do crédito em circulação.
 
Para calcular o lastro coletivo de um crédito local que é a soma de quanto cada membro desta economia é publicamente capaz de aceitar por mês neste tipo de crédito, desta forma o modelo apresentado se baseia em um lastro dinâmico que se regula a cada mês com a atualização da oferta pública de seus atores econômicos. Para chegarmos a um lastro coletivo precisamos calcular o lastro individual de cada ator econômico. Este resultado compreende o total em créditos por mês de cada produto, serviço ou saber oferecido. 
 
Este modelo de cálculo não impede a oferta imediata em moeda social por nenhum@ produtor@ local, mas garante que o cálculo do lastro possua ainda como folga a oferta espontânea dos que estão iniciando na rede mas ainda não publicaram previamente sua oferta naquele mês. Entretanto como o modelo preve uma base de transações comum será preciso mesmo que não oferte publicamente que @ mesm@ possua uma conta e possa receber transações financeiras de outros membros da rede. 
 
Uma das formas de gerenciar um crédito solidário local é ativando a funcionalidade de Moeda Social em um projeto colaborativo da plataforma CORAIS. Este ambiente permite o gerenciamento coletivo de um crédito solidário onde o lastro coletivo pode ser organizado através de uma planilha contendo a tabela pública de ofertas de cada integrante econômico. Para incorporar sua oferta a dos integrantes da economia @ usuári@ precisa entrar no projeto e incluir a mesma na tabela de demandas local. 
 
O cálculo em preço aberto de um produto, serviço ou saber é importante para evitar distorções de preço ou excesso de valoração de um pedaço da cadeia, causando a concentração de renda ou a exploração do trabalho humano. O objetivo de valorar é garantir a sustentabilidade do processo e isso inclui, claro, o pagamento devido aos profissionais que estão prestando um determinado serviço ou repassando algum tipo de conhecimento. A questão principal é manter o preço aberto, ou seja exibir publicamente a composição do preço de um determinado produto ou serviço e porque um preço como este fica neste valor. Na composição de um preço temos 6 tipos importantes de vetores: Insumos e matéria-prima, Profissionais envolvidos, Equipamentos utilizados, Caixa Coletivo, Custo Administrativo, e Impostos (quando existir necessidade). Um modelo está disponível em licença livre na plataforma CORAIS (www.corais.org/colaborativape).
 

Criando contas para nov@s participant@s

Para começar a participar de um processo econômico é preciso que cada pessoa ou coletivo obtenha um registro junto ao banco comunitário. Ao adotar uma moeda social digital, o crédito está associado a uma conta em um banco de dados que gerencia o crédito fornecido. No CORAIS para participar de um processo econômico basta ter um cadastro na plataforma e solicitar participar do projeto no ambiente que gerencia as transações desta respectiva moeda social. Por exemplo, quem deseja pagar e receber na moeda social Tempo do Teatro Vila Velha precisa estar cadastrado no CORAIS e participar do projeto da Universidade Livre de Teatro Vila Velha (www.corais.org/livre). Cada usuári@ possui um código identificador único. Este código corresponde a sua conta bancária. Através deste código outr@s usuári@s podem direcionar doações e/ou pagamentos. Cada operação em uma conta é considerada uma transação financeira. Em um sistema transparente é importante que cada transação seja possível de ser rastreada, incluindo quem a realizou, IP de acesso, horário e data, para mais do que simplesmente reverter entender e tirar qualquer possível dúvida.
 

Transações financeiras: Pagamentos, Doações e Débito Automático

As transações financeiras dentro do modelo proposto podem ser de três tipos: Pagamento direto, doações entre usuári@s e débito automático de contas. A diferença entre os tipos é como a operação de débito/crédito acontece e quem é @ causador@ da ação. Este tipo de modelo é de crédito comunitário que permite que todos os membros operem a moeda social e tenham acesso a todas as transações realizadas na moeda social que el@ opera e participa. Em operações de pagamento quem realiza o pagamento é quem vai passar o valor para outra pessoa. Para completar a operação é preciso uma conta destino, uma atividade/motivo do pagamento e o valor que será pago. A doação é semelhante a anterior mas não existe necessidade de associar uma tarefa ou motivação, o valor é simplesmente compartilhado de um membro para outr@ do grupo. A última é a de débito automático que pode ser realizada com consentimento d@ participante e permite que determinados pagamentos que o mesmo assumiu com terceiros possam ser debitados de sua conta em seus respectivos prazos de pagamento. Cada operação destas deve ser tratada de maneira independente o que permite corrigir erros sem impactar em contas e saldos de terceiros.
 

Transparência de Saldo e Extrato Individual = Auditoria Coletiva

Em um modelo de gestão colaborativa de uma moeda social é fundamental a transparência entre todos @s envolvid@s e garantia de que o elo que @s une é o da confiança mútua e evitar que a falta de comunicação e acesso a informações contamine o crédito de um processo econômico local. Neste sentido, a proposta de transparência máxima proporciona ao grupo a possibilidade de saber o saldo em crédito solidário de qualquer participante, bem como o extrato de transações de qualquer membro, de forma a entender como aquele usuário constituiu determinado saldo em sua conta. 
 
Outra questão importante é o extrato geral da moeda, que recupera todas as transações financeiras feitas em moeda social por um determinado grupo econômico.
 

Crédito solidário e o enraizamento do crédito solidário no território

A capacidade de oferecer produtos a quem não pode pagar imediatamente em moeda social é que possibilita a inclusão social de diversas pessoas da comunidade em um processo econômico local. O crédito e o endividamento local entretanto deve ser monitorado pela gestão colaborativa da moeda e tentar evitar ter um número significativo de participantes endividad@s ou bloquead@s de realizar transações financeiras porque atingiram o limite mínimo estabelecido. O funcionamento do crédito em um banco comunitário é assim como os demais pontos detalhados, uma questão de modelo e precisa garantir que o total de moeda em circulação não atinja um valor superior ao lastro coletivo cadastrado. Em um modelo de gestão colaborativa de uma moeda social tod@s podem emprestar para tod@s, ou até mesmo doar créditos sem necessariamente ter necessidade de retorno. Para isso basta realizar uma operação financeira neste sentido. Quem deseja um empréstimo do banco comunitário pode obter o mesmo ao consumir  produtos e serviços da rede, respeitando o seu nível máximo pessoal de endividamento. Após atingir este nível não é mais possível realizar operações até que a situação de crédito seja regularizada. 
 

Definindo coletivamente valores limites de acumulação e endividamento em moeda social e políticas adotadas nestes casos

Dentro de um processo de economia solidária é muito importante evitar acúmulo de capital por um grande período de tempo. Isso pode manter a moeda sem circular e fazer com que o banco precise colocar mais moeda em circulação para estimular as trocas e circulação de produtos locais. A solução para evitar o acúmulo é estabelecer um limite máximo de acúmulo de crédito para @s membr@s do processo econômico. Esta mesma lógica pode ser aplicada na questão do endividamento, evitando que alguém extrapole um limite possível de ser revertido. Outra solução é pensar em uma depreciação do valor acumulado, por exemplo se a cada três meses que um crédito completar sem movimentação financeira o mesmo se deprecia, o que motiva as pessoas a manter a economia circulando. Na plataforma CORAIS não existem ferramentas para depreciação temporal de um crédito social, apesar de que a hora e a data das transações financeiras são registradas e tornadas públicas, o que permite a implementação deste tipo de gatilho ou a operação manual deste tipo de depreciação pela equipe de gestão do banco comunitário. Em relação aos limites de máximo e mínimo o CORAIS permite estabelecer este tipo de limite para os membros do projeto e o sistema analisa o saldo do membro e estes limites antes de executar transações de pagamento, doação ou débito automático.
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