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Materias para poéticas da ausencia: Doris Dorrie, Roland Barthes e texto de apresentação da proposta

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Materias para poéticas da ausencia: Doris Dorrie, Roland Barthes e texto de apresentação da proposta

Queridos,

aqui anexo o pdf do livro e dois links para assistir on-line o filme. Talvez se poda fazer uma projeção na livre e assistir juntos um dia. 

abração

M.

http://3000filmes.com/assistir-hanami-cerejeiras-em-flor-legendado-online/

http://www.enterplay.com.br/filme/cerejeiras-em-flor-117665.htm

Experimento 4: poéticas da ausência

Vamos a trabalhar com a ausência no palco. A ausência poderá ser a ausência de alguém, a ausência de um tempo, de um espaço, de um objeto, de um sentimento... Há muitas formas de ausência... Não vamos a ficar com a ausência que nos debilita ou que nos paralisa. Paradoxo: a ausência é omnipresente. Aclaração: mas não é omnipotente. Não é uma proposta para trabalhar com a memória emotiva, não é tampouco uma proposta para mergulhar numa vivência pessoal específica, porém nossa experiência seja à base de nosso conhecimento e de nossa arte. Interessa-nos a ausência como elemento da vida, da vitalidade, e sobre tudo: da arte. Interessa-nos fazê-la dançar ou agir. Contar fragmentos de histórias (coreografias/cenas) nos quais a ausência é uma personagem protagonista. O outro protagonista somos nós: pessoas (que tentam estar) intensamente presentes, neste caso: atores e dançarinos. 

Inspirado no livro de R. Barthes fragmentos de um discurso amoroso, proponho transitar fragmentos de um discurso sobre a ausência. Falarei de figuras em lugar de fragmentos. Algumas delas são: a névoa, a sombra, o buraco, o reflexo, a janela. Cada uma implica uma maneira de interagir com a ausência. Serão apresentadas doze. Elas serão esculpidas com o cinzeis do tempo, da palavra, da forma e da potência. Peças musicais de Astor Piazzola como inverno portenho; anos de solidão; Adeus Nonino e Bandoneon serão uma bussola para nossos passos nestas poéticas. Probavelmente se construam partituras baianas inspiradas nessas músicas rio-platenses... O filme alemão Hanami (Cerejeiras em Flor) de Doris Dorie será outra de nossas referências. A oficina permitirá aprofundar o universo poético da ausência e dar ferramentas para trabalhar com a ausência nas artes cênicas. No final da oficina se presentará O experimento 4 da Universidade Livre: Poéticas da ausência. uma mostra dos trabalhos. Também, serão selecionados dois ou três intérpretes para a montagem de um espetáculo: Essa elástica ausência que nos une.

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barthes_roland._fragmentos_de_um_discurso_amoroso.pdf36.81 MB

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