Tópicos abordados com frequência no encontro
Galera estou aqui levantando os tópicos que mais apareceram, ou que mais me chamaram a atenção, nas mesas, rodas e atividades em geral que pude acompanhar no encontro. Talvez acabe sendo uma visão muito pessoal, pq afinal, participei tb da produção (assim como vários de nós) o que pode fazer com que cada um tenha visões diferentes. Por isso, acho fundamental a complementação de vcs, sobre os tópicos que mais lhes chamou a atenção tb:
- Comunicação comunitária x Comunicação corporativa: Mãe Beth colocou em uma de suas intervenções que a comunicação é o grande gargalo deste país. Nas Produtoras Colaborativas presentes observamos várias iniciativas de comunicação comunitária, sobretudo via rádios comunitárias. A criminalização das rádios comunitárias foi bastante citada no congresso, criminalização que é a mesma que espanca e mata negros e indigenas nas periferias das cidades. Portanto, se trata de um atentado ao lugar de fala dos negros, indigenas, ribeirinhos, alagados e o espaço da comunicação deve continuar sendo disputado pelas PCs trazendo pra discussão toda a sociedade civil junto.
- Devolução da Extensão Universitária: No encontro foi colocado várias vezes, que se faz necessária a devolução da extensão universitária ao objeto de estudo. A critica das manifestações culturais estudadas é de que se fazem teses, dissertações, monografias que ficam engessadas nas bibliotecas ou revistas acadêmicas e não é apropriada nem pela população do entorno das universidades e nem mesmo pelas comunidades estudadas. Dentro do tripé norteador das universidades, falando das partes de pesquisa e extensão, há muita pesquisa e pouca extensão.
- Redes sociais corporativas x Redes sociais federadas: Apesar de não ter sido problematizada devidamente (opinião minha) ou pela falta de espaço ou por talvez não estar na pauta mesmo de muitos coletivos, a questão foi abordada e muitas opções de gestão colaborativa, mémória e acervo, comunicação com o público, exposição das alçoes, etc, foram apresentadas como diáspora, nosfero, iTEIA, Escambo. É preciso ocupar e disseminar estes espaços para que não fiquemos presos a armadilha de apropriação dos dados perpretado pelas redes sociais corporativas, que incluem desde interesses comerciais, catalogando gostos e interesses, até a perseguição política.
- Usina hidroeletrica de Tapajós: Se faz necessária a mobilização de todos contra este crime a natureza e esta enganação de vender esta fonte de energiacomo limpa. A mobilização se faz urgente para que tais projetos não sejam postos totalmente em prática, já q é um processo já em andamento. Creio que tem pessoas mais apropriadas na rede para falar mais detalhadamente no assunto.
- Financiamento público: Foi colocada a ideia de trazer mais poderes para arcar com estes custos, e que não sejam apenas via editais esporádicos, e sim uma política perene que inclua, por exemplo, isenção de IPTU para empreendimentos culturais. Outra demanda é manter o fomento as iniciativas que já existem, ao invés de ficar criando novos equipamentos e novos programas que não tenham complementaridade com as iniciativas que já existem. Apesar de que com a abundância de saberes e produtos que as PCs oferecem, é desejável q o financiamento público seja cada vez menos necessário, sobretudo por uma questao de autonômia e emancipação dos empreendimentos.
- Ações em Rede e Economia Solidária: Se faz necessária a continuação e incrementação de ações em rede, que podem ser das mais diversas, como compartilhamento de acervos, circulação de bandas, formação dentro da própria rede e formação de agentes multiplicadores. Assim, será animada uma economia cultural que passa ao largo dos circuitos oficiais pautados pelo poder público e pela grande mídia corporativa.
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