Pular navegação

Detalhamento de Estudo de Caso: Produtora Colaborativa Livre de Belém

Detalhamento de Estudo de Caso: Produtora Colaborativa Livre de Belém

Capitulo do Livro: trabalho colaborativo e economia solidária

No ano de 2012 foi criada a Produtora Colaborativa Livre em Belém (PC), reunindo pessoas ligadas as redes de cultura digital e software livre com o intuito de difundir oficinas de apropriação tecnológica junto a escolas públicas e grupos culturais da periferia de Belém. Através de uma parceria entre a PC e a Universidade Federal do Pará (UFPA), um grupo de acadêmicos da universidade juntamente começaram a fazer uma série de formações de comunicação e software livre dentro da instituição de ensino para alunos dos mais variados cursos e para a comunidade que mora nos bairros do entorno da universidade.
Dentre as atividades realizadas podemos destacar as oficinas de metareciclagem, de edição de áudio e criação de rádios livres, oficina de vídeo, de edição gráfica, editoração eletrônica, gerenciadores de conteúdos para web, mapas colaborativos, além das palestras sobre cultura digital, desenvolvimento local e planejamento participativo de projetos.

Foi criada uma lista de e-mails para articular os participantes das oficinas, possibilitando a publicação de informes, a articulação de encontros e ações colaborativas, além do compartilhamento de conhecimentos técnicos da área de software livre. Através de uma parceria com o Projeto UFPA 2.0, coordenado pela Pró-reitoria de Relações Internacionais da UFPA, essas oficinas tem tido continuidade, inclusive sendo organizadas para públicos específicos, como é o caso dos acadêmicos africanos que estudam em Belém. Nesse sentido, foi realizado um planejamento colaborativo de projetos para a criação de uma nova Produtora Colaborativa Brasil-África, que deverá ser autogerida pelos próprios alunos.

Um dos principais objetivos da Produtora Colaborativa de Belém é formar multiplicadores para que através dos projetos de extensão da universidade, os conhecimentos tecnológicos livres e as metodologias colaborativas possam ser capilarizados através da realização dessas atividades nas associações de moradores e escolas públicas da cidade, fazendo com que os jovens, artistas, artesãos, músicos e grupos culturais que hoje se  encontram excluídos digitais, possam melhorar sua condição de produção cultural e sua qualidade de vida por meio da apropriação dessas tecnologias sociais.

Responsáveis: 
Larissa Carreira

Comentários