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Modelagem Conceitual Publicada! versão 0.1 em linguagem natural

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Modelagem Conceitual Publicada! versão 0.1 em linguagem natural

Projeto Vocabulário Comum da Participação Social na América Latina

Descrição da versão beta 0.1 da Ontologia da Participação Social

Autores: Dalton Martins, Frederico Bortolato, Henrique Parra Parra Filho, Isis Lima Soares, Ricardo Augusto Poppi Martins e Rodrigo Bandeira de Luna

Apresentação

O mapeamento em linguagem natural controlada[1] de um domínio pode tanto facilitar a modelagem de sistemas de informação que serão desenvolvidos para apoiar a comunicação das pessoas envolvidas em um domínio, quanto criar um processo de reflexão dos conceitos e vocabulários utilizados, permitindo que um grupo de pessoas possa conscientemente refletir sobre as estruturas que utiliza.

Sabendo desse padrão recursivo de utilização da linguagem, entendemos também que construir um vocabulário de participação social passa por enunciar, tornar explícito e nomear os principais conceitos e formas de uso dos mesmos que um grupo de pessoas pode utilizar ou mesmo precisa conhecer para se apropriar desses recursos de participação social que desejamos promover. É importante ressaltar aqui que esse processo nunca pode ser neutro, dado que reflete as estruturas conceituais nas quais um grupo opera ou pode vir a operar. Logo, estamos diante de um trabalho que evidencia apostas políticas de participação social e que são refletidas no mapeamento realizado, dando visibilidade ao que este coletivo que se envolveu no trabalho fundamenta como seu conjunto de crenças e desejos sobre o tema.

Entendemos que o processo de constituição de vocabulário é um processo dinâmico, não podendo ser considerado como acabado, dado que a própria dinâmica de relacionamento humano e participação social se atualiza, cria novos rumos e possibilidades que anteriormente não poderiam ter sido previstas. Dado esse ponto de partida, também entendemos que esse processo necessita de contínua atualização e contextualização em diferentes realidades sociais, podendo, dessa forma, atender a diferentes níveis de interação e expectativas de participação social.

Apresentamos a seguir a síntese de um processo que ocorreu de abril a dezembro de 2012, utilizando a plataforma Corais[2], onde 66 usuários contribuíram para a discussão e auxiliaram no mapeamento dos principais conceitos considerados.

O mapeamento dos conceitos se deu a partir dos dados coletados por meio da plataforma do projeto, o que nos permitiu construir um índice de conceitos levantados e as relações entre eles. Esse mapeamento aponta a sintaxe em linguagem natural dessa primeira versão do vocabulário de participação social.

As classes e subclasses

Apresentamos a seguir as principais expressões semânticas que fazem parte dessa versão do vocabulário em linguagem natural, bem como seus significados construídos pela comunidade de participantes de participantes do projeto.

  • Ação: o que será feito em termos de participação social
  • Ator social: quem executa a ação
    • Organização: o ator social é grupo de pessoas organizadas formal ou informalmente (ie. coletivos, movimentos etc.)
    • Pessoa: o ator social é uma pessoa
      • O que caracteriza um ator social? Quais são os atores sociais atualmente?
  • Causa: o que motiva a execução dessa ação (para quê?)
  • Espaço de atuação: qual a abrangência de execução/ influência da ação
    • Território/ escopo territorial, lugar
    • Ambiente, política governamental (3 poderes) - há um convite a organizar o vocabulário em torno dessa forma de entendimento da relação social? Os 3 poderes também não refletem um modelo, um "mini-mundo" que pode ser questionado ou trabalhado por esse próprio vocabulário? Que relação queremos com esses "poderes"?
  • Nível de participação: de que modo, dentro de diferentes possíveis, este ator realiza sua ação
  • Papel: qual o papel operado pelo ator no contexto da ação
    • Apoiador: apoia uma causa com recursos de qualquer tipo (ie. financeiros, econômicos materiais, cognitivos, relacionais etc.)
    • Executor: executa a ação diretamente, sendo responsável por seus resultados
    • Iniciador: dá origem, concebe (individual ou coletivamente sendo co-iniciador) a causa tal como é considerada
  • Problema: qual é a situação problema sobre a qual a ação visa incidir
  • Resultado: que resultados foram ou se espera que sejam obtidos a partir da realização da ação
  • Solução: que soluções foram ou se espera que sejam obtidas com relação ao problema, com a obtenção dos resultados da ação
  • Tema: com qual(is) tema(s), de um possível conjunto específico, a causa se relaciona


O vocabulário é constituído de 10 classes gerais e 7 classes que são especializações das classes Ator, Papel e Espaço de atuação, totalizando 17 classes membro do mapeamento semântico.

A seguir, ressaltamos aspectos gerais de como as classes foram concebidas e possíveis desdobramentos técnicos em seus usos que devem ser levados em consideração:

  • As classes foram concebidas de para serem genéricas o suficiente e permitir um uso o mais amplo possível deste vocabulário
  • Apenas duas classes foram especificadas, já entendendo que isso poderia facilitar o processo de apropriação de seus sentidos
  • O vocabulário tem por objetivo ser estendido pelas comunidades de usuários que vierem a utilizá-lo. Entendemos por estender o vocabulário a concepção de classes mais específicas para cada uma das 10 classes gerais que o compõem. Vejamos um exemplo: uma comunidade pode entender que realiza apenas um conjunto específico de ações, tais como ‘pressão política’, ‘passeatas’, ‘panfletagem’, ‘denúncias’ e entender que essas subclasses compreendem todo o universo de ações possíveis. Para tanto, bastaria essa comunidade, se quisesse interoperar com todos os outros grupos usuários deste vocabulário de participação social, apenas estender a classe ação para essas que especificam seu contexto.
  • O vocabulário tem por objetivo servir como um conjunto de classes e relações simples o suficiente para atuar em ações de vários níveis de complexidade, desde pequenos movimentos locais até movimentos de escala global. O mais importante, como pano de fundo desse objetivo, é que ele possa facilitar a interoperabilidade entre diferentes sistemas de informação que podem ser futuros implementadores desse modo de atuação. O fator interoperabilidade é o principal vetor de agregação de dados e melhores possibilidades de mobilização social que um vocabulário pode trazer como índice de sucesso de seu uso. Acreditamos que isso se expressa na simplicidade e possível facilidade de uso deste vocabulário.

Vocabulário em linguagem computacional

Inicialmente, modelamos o vocabulário em linguagem natural conforme o diagrama de entidades e relacionamentos que apresentamos no anexo. No anexo 2, está a modelagem já considerando as relações iniciais entre as classes.

A partir dessa modelagem, geramos o código em linguagem OWL (Web Ontology Language) do vocabulário, publicado neste post: http://corais.org/vocabulariodaparticipacao/node/76729. Vale ressaltar que ainda não foram modelados os atributos das classes, dado que essa etapa de discussão ainda não foi desenvolvida junto a comunidade presente na plataforma do projeto.

 

[1] Subconjunto da linguagem natural que possui uma sintaxe precisa e um vocabulário restrito, representando determinado domínio do conhecimento ou domínio operacional-relacional que instaura uma dinâmica de interação entre grupos humanos.

Comentarios

#1

os diagramas parecem equivalentes. Traduzi eles p inglês e completei o que estava no OWL mas não no diagrama (acho que somente uma classe: Campo de Ação/Action Field):

http://sourceforge.net/p/labmacambira/fimDoMundo/ci/master/tree/textos/vocabulario/figs/Class%20Diagram.png

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