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Projeto apresentado ao CESE

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Projeto apresentado ao CESE

Olá Pessoal,

Como vocês sabem fomos aprovados no edital Ação para Crianças do CESE e seremos contemplados com verba. O projeto enviado segue em anexo, para que todos possam se balizar por ele. No icone planilhas aqui no Corais postarei o orçamento que teremos. abs

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cese_2014_-_projeto_missao_ehcos_-_versao_final.pdf548.6 KB

Comentários

#1

Tenho pouca experiencia em MMO, tanto em desenvolver quanto jogar, mas a questão que me veio ao ler o edital foi: o que queremos deste jogo? Mais um MMO para galera gastar suas horas da vida, ou o jogo é apenas uma porta para reflexão, iluminação quanto seu mundo, quanto sua vida online e offline.

Antes de entrar em coisas técnicas, tenho alguns pontos que acredito serem importantes para a construção deste jogo, como muitas das caracteristicas de um MMO, principalmente relacionado ao incentivo de estar sempre conectado, querem mesmo que as pessoas fiquem horas jogando? mesmo que seja educacional, é importante pausas para absorção do conhecimento, ou será que poderiam ter missões offline? Voce precisa tirar uma foto, fazer um video, colher algo... O jogo extrapolaria sua existencia virtual, as guildas se materializam na escola, no bairro.

Bom, falando em guildas, para um individio se sensibilizar quanto assuntos e opinioes contrarias, é importante se colocar na posição de outras pessoas até mesmo de outros seres vivos, então será que os personagens são seres humanos apenas? Porque eu não poderia ser um passarinho? Ou pé de feijãoi? e minhas guildas poderiam ser uma mistura disso tudo, colocando todos os seres no mesmo nível, onde deveriam negociar seus insumos para o equilibrio do ecossistema. E eu escolho o que mais me identifico ou que desejo participar, quero ser mais ativo ou passivo, como o Fred falou no post sobre corais, mostrar como é importante todos os tipos de gente, da galera hiperativa até a turma que é mais devagar. As melhores guildas são as mais equilibradas, que tem varios tipos de seres vivos.

Um jogo que trata de respeito, solidariedade, tolerancia.. e não guerras, armas, exploração.. desta forma, parece que potencializa toda energia gasta por quem cria o jogo e por quem joga, pois estão dando ferramentas para construção de individuos menos violentos e intolerantes a diferença.

Viajei? Peace!

#2

Um comportamento interessante aconteceu no Guild Wars 2, se foi estratégico ou não...

http://www.mmomeltingpot.com/2012/09/how-guild-wars-2-contributes-to-wor...

#3

Se foi projetado para isso é lindo né? Guild War, pega já pelo nome, a galera louca por guerra, mas durante o jogo o game balance parece ser feito de tal forma que a paz dá mais pontos e é mais divertido. uau!

#4

Ainda na viagem... exemplo de como as guildas precisam estar equilibradas.

https://

#5

Gostei muito do seu comentário Diego, mas tenho alguns contra pontos:

Em Relação ao Vicío:
Por que as pessoas viciam? Será que as pessoas que se viciam em jogos, já não estão propensa a isso? A maioria se vicia?
Não seria melhor um vício de um jogo educativo do que em um GTA da vida?
2º Em relação a ter parte offline:
Eu acredito que não seja o foco, não sei se teremos de condições de fazer uma parte offline, mesmo que a intenção é uma dinâmica em grupo. Não podemos comprar um carro sem ter a certeza que podemos ter uma bicicleta.

3º Em relação a Guilda:
Muito interessante o que você postou, mas minha imaginação está limitada a isso por enquanto. Acredito que a interação com outros seres vivos vem do jogo; Na minha concepção a guilda é um lugar para os jogadores poderem se reunirem em grupos.
Se você puder explanar mais sobre o tema eu gostaria de saber.
4º Sobre a Guerra:

O foco do jogo definitivamente não é a guerra. Não iríamos nem colocar sistema de batalha, mas optamos por implantar um sistema de batalha super básico, para que os jogador possa escolher entre se defender de animais selvagem com armas ou de outra forma.Não podemos tirar essa opção do jogador, mas podemos dar consequências para suas atitudes, tem habilidades como acalmar acalmar que paralisam a criatura.

Vlw Obrigado,

Att. Jamal XVI
 

#6

Realmente também não tenho essas respostas, o importante é refletirmos sobre isso né, acabei viajando ali em cima num momento de brainstorm, uma reflexão sobre o mundo atual dos jogos e o que queremos ser, em termos técnicos podem trazer muitas dúvidas ou enroscos, ainda mais que estariamos caminhando por trilhas pouco desbravadas,

Concordo plenamente com voce quanto as condições de produzir algo diferente do que já vem sendo produzido, é um risco considerado, ainda mais que o lençol é curto.

Mas acredto que estas discussões podem abrir ideias para outros jogos, mais cabeças pensando em como criar um jogo inovador e viável, pensando em ser jogado como parte de uma dinamica da aula, ou que sozinho se autoconstrua e gere novas ideias a partir dele, enfim...

#7

Galera a discussão neste projeto está sendo ótima!

Creio que precisamos entender bem o funcionamento destes jogos baseados em violencia e pilhagem para subvertê-los. Por isso lanço umas perguntas geradoras:

1) Por que estes jogos são tão populares entre os jovens?

2) De que tipo de jovens estamos falando?

3) A que classe pertencem? Qual o perfil sócio econômico?

4) Como podemos subverter um MMORPG a nosso favor?

Creio que respondendo a estas perguntas podemos entender um pouco melhor sobre os processos subliminares que ocorrem por detrás da maior indústria do entretenimento.

Vivemos hoje numa sociedade pós revolução industrial, basicamente urbana e com a maioria da população vivendo em periferias e classe média ascendente. O exodo rural causou o enxaço das cidades, periferias, aumentou as desigualdades sociais, brincar na rua não é mais seguro, a rua não é pra criança é pra carro, prédios empilhados, falta de espaço, mais seguro ficar brincando dentro de casa.

Enfim... mais reflexões... contribuammm

Vamos subverter esse mercado a favor do que é saudável

#8

Hmmmm... que discussão hein! 

Tem uma galera chegando ai, o que acham gente? Não esqueçam de se apresentar no Post sobre a equipe.

#9

Ótima discussão! Tendo em vista esse objetivo de não cair no senso comum do game como entretenimento passivo, mas um jogo que ofereça outro tipo de experiência, indico estes textos:

  • Sobre games e emergência de consciência (achei esse artigo pensando em como as perspectivas do Teatro do Oprimido/Boal poderiam ser aproximadas de games). "Rethinking Agency and Immersion: videogames as a means of consciousness-raising" trata de uma crítica ao The Sims http://www.siggraph.org/artdesign/gallery/S01/essays/0378.pdf um trecho: "Until recently, most videogames characters did not reflect our everyday life for the simple reason that most of them were trolls, aliens and monsters. However, this has changed since the introduction of The Sims, the people simulator. Nevertheless, characters in this game are still flat since The Sims simulates life in a Disneyland-like way, avoiding ideological conflicts."
  • Sobre gênero e games: Anjin Anhut tem esse guia bem detalhado de várias questões que permeiam questões de gênero em games  e a proposta de um Gender Conscious Design http://howtonotsuckatgamedesign.com/2014/05/press-x-make-sandwich-complete-guide-gender-design-games/
  • Critical Play: com outra concepção de jogar. 1o capitulo do Critical Play, da Mary Flanagan, aqui: http://mitpress.mit.edu/sites/default/files/titles/content/9780262062688...  Também tem este artigo da autora, "Creating Game Play": http://www.maryflanagan.com/wp-content/uploads/CriticalPlay-ArtistsRethi...

Postei algumas referências sobre esse tipo de jogo no tópico de Jogos Referência: http://corais.org/jogonlineiam/node/81013#comment-7169 

#10

Para contribuir na linha de pensamento que estava sendo discutidas, sobre histórico sobre gerações, comportamento e papel dos games na sociedade, acho interessante a emergência atual de vários games tipo este (Evoland): https:// que é um jogo que utiliza-se de várias estéticas, modos de jogar e estilos de jogos antigos e atuais, misturando-os. Para mim, isto sinaliza que a cultura ligada aos games já está em outro estágio, no qual linguagens dialogam e se misturam, e o passado dos games está sendo ressignificado, pois hoje, temos pais e mães gamers  (e jogos com temáticas que cresceram com estes) com filhos e filhas gamers (e novos paradigmas de jogos ''infantis', 'para adolescentes', etc), coisa que até algum tempo não existia.

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